“Boas
maneiras são mais importantes do que leis”, dizia o escritor irlandês
Edmund
Burke (1729-1797).
Parte 2 - FAMÍLIA
11 - Dê o exemplo
Saber como ensinar boas maneiras às crianças é tão importante quanto o que
ensinar. O exemplo é a melhor forma. Fazer uma cena com a criança num restaurante
porque ela fez uma cena é contraditório. Gentileza é contagiosa mesmo com os
pequenos.
12 - Mudar o discurso sem mexer no conteúdo
A intimidade pode desligar nossa sensibilidade em algumas situações. É comum
entre casais comentários recorrentes que irritam o parceiro. Um exercício
proposto por Alford é pedir que o autor do comentário escreva o mesmo assunto
para três pessoas: seu melhor amigo, seu chefe e para uma criança de 10 anos.
Esse exercício faz com que o outro perceba as diferenças de tom e descubra um
jeito de passar o recado.
13 - Quarentena
Você e seu companheiro acabaram de se separar e você já tem um namorado novo.
Evite lugares que frequentava com o parceiro anterior, especialmente a casa de
amigos próximos aos dois. Superar o fim da relação fica mais difícil ao saber
que o outro anda acompanhado, frequentando os mesmos lugares onde iam enquanto
estavam juntos.
14 - Não piore as coisas
Doutora Ruth, uma amiga de Alford, tem 82 anos, escreve livros e leciona em
Princeton e em Yale. Diz que os amigos mais velhos cansam de ouvir a pergunta:
“Você está bem” ou “Você está feliz”. Isso os faz pensar como estão perto da
morte. Da mesma forma, pacientes com doenças terminais não querem ouvir a todo
momento: “Você está ótimo”. A sogra de uma amiga de Alford que teve câncer
chegou a ouvir de uma colega que soube de sua doença: “Oh! Mas as suas crianças
são tão lindas!”.
15 - Adeus na hora certa (ou errada)
Assuntos do coração costumam provocar atos impulsivos. Mas é preciso cuidado na
hora de dar o fora em alguém. Se um homem desmancha um namoro logo depois de a
moça mudar a cor do cabelo, ela nunca mais vai desfazer a impressão de que ele
detesta loiras. Dizer “eu não aguento mais esta relação” no momento em que o
homem se despe fará com que ele pense que há alguma coisa errada com seu corpo
(para sempre!).
16 - Todo mundo
tem a cura
É comum pacientes com câncer receberem dietas, conselhos de terapias
alternativas e até indicações de remédios de conhecidos. Uma amiga de Alford,
que ganhou um regime macrobiótico quando soube que estava com câncer de mama,
recebeu a gentileza como uma acusação velada: “No fim das contas, deve ter sido
sua culpa. Afinal, você não estava se alimentando direito”.
17 - Fale do futuro
A poeta e educadora
americana Nikki Giovanni, que perdeu a mãe e uma irmã de câncer, disse a Henry
Alford que o comentário que elas mais gostavam de ouvir quando estavam doentes
eram os que pressupunham longevidade, como perguntar se já reservaram os
ingressos para a próxima temporada de dança.
O futuro é reconfortante.
Fonte:
FLÁVIA YURI E DANIELLA CORNACHIONE – Revista Época (http://revistaepoca.globo.com)
Ilustração:
Pedro Hamdan
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