Descubra se a sua
insegurança faz você abrir mão do risco e adiar a felicidade
Quem nunca teve um desejo,
uma vontade, e acabou deixando passar por pensar demais nos contras? A velha
frase que diz que é melhor se arrepender do que foi feito cai como uma luva
nesses casos. Ao deixar passar a oportunidade de realizar um sonho ou mudar o
rumo da vida, você pode perder uma chance de ouro, e nunca vai saber disso.
"Talvez uma das melhores maneiras de aproveitar as oportunidades seja
viver o aqui e agora, sem se prender muito ao que ficou para trás, nem perder o
sono com o que virá no futuro", afirma o psiquiatra Renato Mancini, de São
Paulo.
Aprender com o passado e
planejar o futuro são comportamentos extremamente úteis, desde que você faça
isso a serviço do presente, ou seja, tome atitudes que deixem o seu momento
atual mais prazeroso, mais motivador. O problema aparece quando, por medo,
muita gente se escora no que está por vir e não se mexe. Se este é o seu caso,
veja esta lista de sete oportunidades campeãs de risco e aproveite as dicas dos
especialistas para bancar a insegurança e experimentar um pouco de ousadia.
Um
novo começo profissional: Concluir a graduação, se
especializar, construir uma carreira: nada disso é fácil. Como agir então
quando você percebe que gostaria de ter outra profissão? Depois de cair das
nuvens, é hora de seguir a diante e, se for o caso, até fazer uma nova
faculdade. "Quando nos propomos a mudar nossa rotina é natural sentir
insegurança, mesmo que a mudança seja para melhor", conta Renato Mancini.
"Somente com a experiência na prática, a sensação de insegurança será
vencida". Separar nossas impressões emocionais e racionais (talvez
anotá-las) ajuda bastante na superação do medo. Afinal, se do ponto de vista
lógico a mudança faz sentido e o único ponto contra é o receio, por que não
tentar?
Abrindo
o próprio negócio: "Essa é uma situação mais complexa,
pois, em alguns casos, o medo acaba vindo de alguns fatores práticos, como a
falta de conhecimento e habilidades necessários para levar o negócio em frente
e ter sucesso", afirma o psiquiatra Renato. Se esse for o caso, vale a
pena fazer antes uma preparação adequada, para depois abrir o negócio em
questão. Mais uma vez, é útil tentar separar do ponto de vista racional e
emocional, os fatores a favor e contra. "Se o medo se fundamenta em
argumentos racionais, vale a pena escutá-lo, se ele é simples fruto da
insegurança, é hora de enfrentá-lo", afirma o especialista.
Ficar
ou sair do emprego?: No emprego, assim como em outras situações
da vida, acontecem altos e baixos, que são autolimitados. Por isso é
fundamental ter perspectiva para avaliar as situações. Quanto maior a
habilidade de olhar as situações num contexto maior, maior a chance de se tomar
decisões que parecerão boas mesmo após bastante tempo. "As férias são uma
alternativa para ganhar perspectiva, pois num ambiente de menos pressão e mais
tranquilidade as decisões ficam mais fáceis de serem tomadas", diz o psiquiatra
Renato. Outra boa ideia é conversar com pessoas mais experientes, que já
passaram por situações semelhantes, ou com pessoas que trabalham em posições
almejadas para ouvir suas experiências e opiniões.
Constituir
família: Casar e ter filhos são decisões que envolvem
bastante responsabilidade. É importante que cada um tenha claro quais são suas
expectativas em relação ao relacionamento, para que o casal possa conversar
abertamente e se planejar. Alguns relacionamentos não dão certo, por exemplo,
porque as expectativas de ter filhos são
incompatíveis. Homens costumam ser mais inseguros que as mulheres nesse
quesito. A recomendação do psiquiatra Renato é ser sincero: "nada mais
saudável do que deixar claro seus desejos desde o começo". Um diálogo
eficiente traz segurança ao casal e permite que os planos sejam construídos em
conjunto.
Romper
laços: A dificuldade para romper laços costuma ser reflexo
de uma carência
pessoal, que pode ter origem na infância. "As pessoas muito carentes
solicitam demais as que estão próximas, se sentem dependentes, o que contribui
muito para a deterioração do relacionamento", afirma o psicólogo Tiago
Lupoli, da clínica CEAPP. O primeiro passo, segundo o especialista, é perceber
que isso está acontecendo. "Se você se identificar, tente fazer mais
passeios sozinho e busque atividades que voltem o olhar para dentro, como a
ioga e a meditação". Outra opção é a psicoterapia, que te ajuda a entrar
em contato com essas questões, entendendo-as melhor para então encontrar
soluções.
Declare-se:
Vencer a timidez de se declarar para o amor platônico pode ser um desafio
divertido. Para os mais tímidos, na hora de falar sobre os seus sentimentos,
vale lançar mão de diversas estratégias para transmitir sua mensagem sem a
constrangedora situação de falar de seus sentimentos cara a cara. Escrever é
uma solução clássica. Atualmente, com as mídias digitais, tablets e smartphones
as possibilidades são muitas. O importante é não adiar a felicidade. O
psiquiatra Renato dá a dica para os mais tímidos: "Procure atividades nas
quais vencer a timidez está associada à diversão e ao prazer, como teatro e
música".
Peça
desculpas: Essa é uma decisão bastante individual. Não há
regra. "Desentendimentos fazem parte da vida e nem sempre as desculpas
acontecem", afirma Renato Mancini. "Muitas pessoas não pedem
desculpas por receio do que irão ouvir em resposta, em compensação podem comprometer
relacionamentos por questões relativamente pequenas". Os maiores
benefícios de pedir desculpas são cultivar a própria flexibilidade, assim como
preservar os relacionamentos.
Por Manuela Pagan (www.minhavida.com.br)
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